quarta-feira, 20 de julho de 2016

NÃO HÁ RECEITA...

Não há mesmo receita que possa ser distribuída nos encontros de formação, palestras, congressos etc.

Melhor aceitar que a prática se constrói sozinha, certo?

Errado.

Não há receita mas há trabalho coletivo. Trabalho discutido coletivamente, experiências analisadas em grupo, fracassos confessos e acolhidos pela equipe, avanços e reviravoltas comemorados conjuntamente.

Já se falou muito sobre a solidão da prática docente, da sensação de angústia que acompanha o pedagogo (nas diversas funções que assume: gestão, docência, coordenação). Mas eu não acredito nela pois tendo a crer que as pessoas anseiam pelo encontro.


A receita, pois, para que a prática pedagógica possa ser incrementada é abrir o coração, cabeça, boca e ouvidos.


Falar e ouvir. Perguntar, denunciar, pedir ajuda não esquecendo de oferecer ajuda.


Um comentário:

  1. Querida LuCury:
    Creio que não há realmente receita no sentido de algo pronto para aplicarmos e dar certo na nossa prática pedagógica e que a prática pedagógica se constrói também e preferencialmente coletivamente...
    Mas, creio que cabem duas ponderações:
    # As “receitas” (orientações, conhecimentos e tudo mais) trazidas pelas teorias (as que tem efetivamente fundamentos e que podem contribuir com a prática e não aquelas que por si só já são inaplicáveis) são, ao meu ver, parte essencial para darmos conta de uma realidade educacional cada vez mais complexa;
    # Por outro lado, o tal “coletivo” é uma das coisas mais difíceis de se construir em um espaço escolar: imperam, infelizmente, as vaidades, as mesquinharias, os medos (justificados ou não), as diferenças política/ideológicas, a pura falta de formação básica, etc... Nada disso justifica que deixemos de trilhar esse caminho, único possível para uma melhoria efetiva da educação, mas que é bem complicado e que a tal solidão na escola é um sentimento que faz todo sentido, ah, isso faz...
    (por isso e por outros motivos a busca pelas parcerias e coletivos que vão além dos muros da própria escola onde trabalho, indo para outras escolas, outras redes, saindo inclusive da pública e buscando pessoas que partilhem de uma visão de mundo minimamente mais próxima da que busco)

    Abraços, Fred

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