quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DE COMO DISCIPLINAR (OU NÃO)...

Mamãe,

Vamos brincar com palavras:

Faço tudo PELO meu filho.
Faço tudo PARA meu filho.

Sim sim... diferenças há!

Não discutirei o amor materno, nem a maternagem, nem o que se espera socialmente de uma mãe.

Mas note que as super nanny de televisão estão ganhando dinheiro por que você insiste em ser condescendente com seu filho e o deixa fazer, querer e ter tudo e qualquer coisa.

Não me venha com pieguices do tipo TUDO O QUE EU NÃO TIVE ELE VAI TER.. pois assim ele vai ter tudo o que você não teve, exceto educação.

Vamos lá! Quantas vezes você já ouviu a frase: crianças gostam de disciplina. Falta esclarecer que crianças precisam ser levadas a ter disciplina.

De novo, regras, horários, lugares certos para as atividades... e o mais importante de tudo.. você precisa ter disciplina pra desenvolver disciplina em seus filhos.

DE COMO DISCIPLINAR (OU NÃO)...

Querida Professora,

Aflita que estás com a disciplina das suas turmas. Pensativa, indagando sobre estratégias, pesquisando métodos, suplicando psicólogos.
Primeiro me diga da sua disciplina.
Ou melhor, o que me diriam seus alunos sobre sua firmeza em cumprir os acordos feitos? Sim, isto é disciplina.
O que eu observaria ao analisar seus planejamentos e suas realizações? Sim, isto é disciplina.
O que eu ficaria sabendo de você se perguntasse sobre sua observância das regras da escola e das orientações da coordenação/direção? Sim, isto é disciplina.
Mas dando a dica pedagógica do dia, li em algum lugar que as atuais gerações não se relacionam com as antigas através do respeito advindo da diferença de idade. Que eles precisam (re)conhecer motivos para a obediência e estes motivos vem da admiração pelo outro, status social que o outro ocupa, significados do que o outro faz... enfim eles precisam reconhecer no outro motivos de admiração que levam a obediência - independente da idade deste outro.
Vale pensar um tanto sobre isso...

ATIVIDADE DIVERSIFICADA - DESVENDANDO O MISTÉRIO

Atividade diversificada = possibilidade de responder de modos diferentes.
Simples assim. A maioria das professoras já tem no seu repertório pedagógico atividades com esta característica. Apenas ainda não sabem.
Exemplo básico: quando se organiza a preparação de uma salada de fruta com a turma toda, e se garante que as crianças assumam tarefas (pré determinadas pelo professor e/ou em parte escolhidas pelos alunos) e que as realizem EM GRUPO e autonomamente.
Exemplo básico: quando se organiza uma pesquisa científica, bibliográfica, temática, histórica e se permite que os alunos EM GRUPO organizem o melhor modo de apresentar as informações coletadas.
Exemplo básico: quando se faz uma gincana de conhecimentos e os alunos EM GRUPO respondem as questões e realizam as tarefas.
Não é necessário dizer que trabalhos EM GRUPO só dão certo com a supervisão e monitoramento do professor.

HAIKAI PARA O PROFESSOR QUE NÃO GOSTA DE LER...

MUDE DE PROFISSÃO
RÁPIDO.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O ESPAÇO-TEMPO NA CRIAÇÃO DOS FILHOS

Querida Mamãe,

De primeira, segunda, terceira viagem... não importa.
Pois veja, crianças precisam desesperadamente de espaço-tempo. Não não, não me refiro a respeitar a privacidade do celular deles (o que????).
Digo da necessidade de ter organizado os horários e os lugares de fazer o que..
Simples assim:

  • horário FIXO pra dormir, pra acordar, pra comer, pra fazer lição, pra ficar na rua, pra brincar
  • lugar certo pra ler, pra comer, pra brincar, pra dormir (não! sempre dormir com os pais não é saudável!), pra estudar.

Este aprendizado inclui a "minha casa e a casa dos outros" tá?
Crianças desprovidas de espaço-tempo não desenvolvem ritmo de vida, disciplina, auto organização. Crianças desorganizadas e caóticas são CHATAS e desrespeitosas já que não tem capacidade de discernir onde e o que podem fazer.
Cabe a escola apresentar a criança outro universo de espaço-tempo. O que e quando eu faço minhas coisas na escola.
E PELO AMOR DE SANTO VYGOTSKY DE PASSA QUATRO! NÃO ME VENHAM COM ESCOLA ENSINA E FAMÍLIA EDUCA!!!! NÃO É ISSO QUE ESTOU DIZENDO!

DIALOGANDO COM THYAGO SOBRE ALUNOS SURDOS

Thyago este meu querido amigo trabalha com alunos surdos.
Ele interpreta a vida, o mundo, as palavras e as sensações.
A sensibilidade e a delicadeza necessárias pra esta função ele tem.
Por isso apelo a ele (e sua conhecida delicadeza) para refletir sobre a afirmação:
MEU ALUNO É SURDO MUDO OU APENAS TÍMIDO?

Eu não saberia por onde começar a responder .....


EU NÃO SOU CONTRA A INCLUSÃO...SÓ ACHO QUE TEM ESCOLA MELHOR PRA ELES, E NÃO É A MINHA

Que cansaço!
Com que facilidade se proferem frases preconceituosas...
Com que dificuldade se discutem incertezas, dúvidas, limites e algumas incapacidades...
Fica a dica de como eu chegaria a falar sobre o assunto

ESSE INFERNO DE ATIVIDADE DIVERSIFICADA...

Nós pedagogos somos mestres ninja em inventar palavrórios que se transformam em enigmas gregos!
Neste (sub)assunto chamado de EDUCAÇÃO INCLUSIVA o termo atividade diversificada virou um fetiche.
Todo mundo usa indiscriminadamente e com um entendimento variado.
Posso dizer com toda a certeza que a maioria das pessoas entende o termo diversificado como sendo indicativo de muitas ao mesmo tempo.... E este é o entendimento mais equivocado que se pode ter.
Quem sabe se possa discutir o assunto seriamente....

EU JÁ FIZ DE TUDO...

Não sei dizer o quanto esta afirmação me irrita... Sim irrita!
Pela sua intransigência... por que quem assim fala esta dizendo: ou você me apresenta algo absurdamente inédito ou concorde que eu tenho razão em minha afirmação.
O professor que costumeiramente usa (e abusa) desta frase frequentemente se refere a um grupo específico de alunos - os fora do padrão.
Não vou discutir as diversas situações que levam a tal afirmação.
Se ao menos as pessoas dissessem TENHO A SENSAÇÃO DE JÁ TER FEITO TUDO O QUE PODIA..
Ah sim! aí sim eu discutiria eternamente e com toda a minha capacidade o caso apresentado pelo professor. O professor que assim se expressa me permitiria acolher a sensação de impotência - que sim nos acomete a todos nesta profissão.
A outra frase esconde a prepotência - e não raro  - o preconceito do professor.