terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

DOS LIMITES HUMANOS

Descrever as sua própria experiência profissional sempre me dá arrepios. Por que os fatos narrados sempre remetem a uma imagem de "facilidade em lidar com tensão e problemas".



Por um lado, sim, uma vez superados é simples falar dos problemas. Por outro lado, vivencia-los nunca é tão suave como a narrativa posterior sugere.

O dia a dia da escola oferece ao gestor situações tensas, constrangedoras, complexas e nada nos prepara de antemão para elas.

Conversar com pais sobre violência contra a criança, chamar professoras para falar sobre baixo desempenho, avisar funcionários sobre seu remanejamento pra outros espaços, mediar brigas e discussões de pais e professores, enfrentar grupos hostis, fofocas profissionais... enfim uma infinidade de situações que não está descrita nos cadernos de textos das formações nem nos conteúdos da faculdade. 

E são estas situações que tiram o sorriso do rosto e nos deixam perplexas com a chatice dessa profissão ou função que assumimos. 

Eu tive sorte, muitas diretoras que acompanhei nos estágios me orientaram quanto a estas situações. Na falta de um estágio serve conversar com quem tem experiencia no assunto ou esta ocupando o mesmo cargo.

Só não vale se perder nesses assuntos desagradáveis e perder de vista a natureza da sua função e a centralidade da posição que um gestor ocupa na escola.

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