Cada vez que um comportamento estúpido desencadeia tragédias ou desastres coletivamente nos perguntamos sobre sua origem - ou ao menos dos indignamos e acusamos os que não contiveram a estupidez alheia. O estúpido geralmente sai como a segunda vítima afinal "ninguém nunca o ajudou a ser menos estúpido".
Difícil mesmo conter estupidez do outro. Quando este outro é adulto é quase impossível.
Fica na conta do possível as atitudes que temos frente a comportamentos abusivos de crianças. Sim, amigos, crianças são malvadinhas quando querem.
Chamam os colegas de fedido, feio, gordo, preto, filho da puta e o que mais lhe estiver próximo como modelo.
Ah! é gostoso aplaudir comportamentos bizarros de criancinhas monstro, que são incentivadas a serem violentas, sexistas, preconceituosas, racistas e intolerantes não é?
Feio atrelar estes adjetivos a crianças? Feio é organizar a apresentação pública destes comportamentos: "vem aqui mostrar o que você faz com os bichinhas! mostra pra amiga da vó como é que o seu amigo gordo anda! pede pra ele fazer a cara de bandido, é de morrer de rir! vem aqui e imita aquela sua amiguinha louquinha"!
Vamos alimentando estes comportamentos até os 6 anos de idade, depois começa a perder a graça e o resto do mundo ganha um monstrinho.
E esse monstrinho se junta a outros, e formam grupos horrorosos. Mas sempre legitimados por alguém!
Até mesmo a mídia legitima loucuras enquanto elas tem um toque de "paixão desmedida".
Paixão desmedida só pode acabar em tragédia. Mas frente a tragédia ninguém assume a responsabilidade. Quem aponta o dedo pra acusar deveria antes olhar em volta e perceber que atitudes tem semeado pras crianças próximas. Isto para os pais, os educadores, a mídia e nós, que somos platéia de criança monstro.
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